O Realismo na Literatura Brasileira: Contexto Histórico, Características e Grandes Autores

Descubra o Realismo na literatura brasileira: origens, características, principais autores e obras que revolucionaram as letras nacionais no século XIX. Um guia completo sobre Machado de Assis, Aluísio Azevedo e o movimento que transformou nossa literatura.

ARTIGOS

Sebastião Victor Diniz

4/13/202513 min read

O Realismo brasileiro representa uma das fases mais significativas e transformadoras da nossa literatura, marcando uma ruptura definitiva com os ideais românticos que dominavam o panorama literário nacional até então. Surgido em 1881 e estendendo-se até aproximadamente 1893, este movimento revolucionou as letras nacionais ao trazer para o centro da narrativa a realidade social brasileira em suas diversas facetas, sem os filtros idealizadores do período anterior. Com uma abordagem objetiva, científica e crítica, os autores realistas brasileiros produziram obras que até hoje são fundamentais para compreendermos não apenas nossa literatura, mas também a sociedade brasileira do final do século XIX, seus conflitos e contradições no período de transição entre o Império e a República.

As Origens do Realismo no Brasil

O Realismo surgiu inicialmente na França como uma resposta aos excessos do Romantismo, mas encontrou no Brasil um terreno fértil para se desenvolver com características próprias. No contexto brasileiro, o movimento realista nasceu em um momento histórico de profundas transformações sociais e políticas. O ano de 1881, considerado o marco inicial do Realismo no Brasil com a publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis, coincide com um período de efervescência social marcado pelo fortalecimento do movimento abolicionista, que culminaria com a abolição da escravatura em 1888.

Simultaneamente, o país experimentava transformações políticas que levariam à Proclamação da República em 1889, encerrando o período imperial brasileiro. Essas mudanças estruturais na sociedade brasileira proporcionaram aos escritores realistas um rico material para análise crítica e representação literária. Além disso, o pensamento intelectual da época estava fortemente influenciado por correntes filosóficas e científicas europeias como o Positivismo, o Determinismo, o Socialismo e o Marxismo, que se desenvolveram ao longo do século XIX e moldaram a visão de mundo dos autores realistas brasileiros.

Influências Filosóficas e Científicas

O cientificismo e o materialismo característicos da segunda metade do século XIX exerceram forte influência sobre o Realismo. O movimento literário realista absorveu princípios do método científico, buscando analisar a sociedade e o comportamento humano com objetividade semelhante à das ciências naturais. Esta abordagem contrastava dramaticamente com o subjetivismo e o idealismo românticos que dominavam a literatura brasileira até então.

As teorias deterministas, que enfatizavam a influência decisiva do meio, da hereditariedade e do momento histórico sobre o comportamento humano, também forneceram importantes fundamentos teóricos para os autores realistas. Esses princípios permitiram uma análise mais aprofundada dos fatores sociais, econômicos e biológicos que condicionavam as ações dos personagens, em oposição às explicações baseadas em fatores transcendentais ou nos arroubos emocionais característicos do Romantismo.

Características Fundamentais do Realismo Brasileiro

O Realismo brasileiro se destacou por um conjunto de características que revelam sua ruptura com o Romantismo e seu compromisso com a representação fidedigna da realidade social. Estas características definem a essência do movimento e explicam sua relevância duradoura na história da literatura nacional.

Objetivismo e Veracidade

Uma das características mais marcantes do Realismo brasileiro é a busca pela objetividade e pela veracidade na representação da realidade. Os autores realistas procuravam retratar o mundo tal como ele é, sem os filtros idealizadores do Romantismo. Para isso, adotavam uma postura semelhante à de um cientista social, observando e analisando com rigor os fenômenos da sociedade brasileira.

A linguagem realista prima pela simplicidade e pela objetividade, evitando os arroubos líricos e as construções rebuscadas do Romantismo. As obras realistas são ricas em descrições detalhadas de ambientes e personagens, com o objetivo de proporcionar ao leitor uma imagem precisa e verossímil da realidade retratada. Esta minúcia descritiva não é um fim em si mesma, mas serve ao propósito maior de criar um quadro social autêntico e crítico.

Crítica Social e Denúncia

O Realismo brasileiro caracteriza-se também por sua dimensão crítica e denunciativa. Os autores realistas não se limitavam a retratar a realidade de forma neutra, mas assumiam uma postura de crítica aos valores e instituições da sociedade burguesa, expondo suas contradições e hipocrisias. A família, o casamento, a Igreja e outras instituições sociais eram frequentemente alvo do olhar crítico dos escritores realistas.

A denúncia social é um elemento central nas obras realistas brasileiras, que abordam temas como a corrupção, a exploração econômica, o preconceito racial e as desigualdades sociais. Esta dimensão crítica confere às obras realistas uma atualidade surpreendente, fazendo com que muitas delas continuem relevantes para a compreensão de problemas sociais que persistem na sociedade brasileira contemporânea.

Personagens Complexos e Não Idealizados

No Realismo brasileiro, os personagens são construídos como seres humanos complexos, com virtudes e defeitos, em oposição aos heróis e heroínas idealizados do Romantismo. Os protagonistas realistas são frequentemente indivíduos comuns, representativos de determinados grupos sociais, e suas ações são motivadas por fatores psicológicos e sociais identificáveis.

Uma característica importante do Realismo, especialmente na obra de Machado de Assis, é o aprofundamento psicológico dos personagens. Os escritores realistas não se contentavam com a descrição externa dos indivíduos, mas buscavam explorar sua interioridade, revelando suas motivações ocultas, contradições e conflitos internos. Este aspecto confere às obras realistas uma complexidade psicológica que as distingue da literatura romântica anterior.

Temas Urbanos e Cotidianos

O Realismo brasileiro tem predileção por temas urbanos e cotidianos, em contraste com o exotismo e a evasão característicos do Romantismo. As histórias se desenvolvem frequentemente em ambientes urbanos, especialmente no Rio de Janeiro, então capital do Império, e abordam questões relacionadas à vida nas cidades brasileiras do final do século XIX.

O cotidiano da classe média e da burguesia emergente é um tema recorrente nas obras realistas, que exploram as relações sociais, as convenções, os interesses econômicos e as ambições que moviam esses grupos sociais. As questões do adultério, do casamento por interesse e da ascensão social são temas frequentes, tratados com um olhar crítico e desmistificador.

Principais Autores do Realismo Brasileiro

O Realismo brasileiro conta com autores de grande expressão, que produziram obras fundamentais para a literatura nacional. Entre eles, destacam-se três grandes nomes: Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompéia, cada um com características próprias e contribuições únicas para o movimento realista brasileiro.

Machado de Assis: O Mestre do Realismo Brasileiro

fotografia do escritor brasileiro machado de assis
fotografia do escritor brasileiro machado de assis

Machado de Assis (1839-1908) é considerado o maior expoente do Realismo brasileiro e uma das figuras mais importantes da literatura nacional. Nascido no Rio de Janeiro, de origem humilde e mulato, Machado superou as barreiras sociais e raciais de seu tempo para se tornar o mais respeitado escritor brasileiro. Sua trajetória profissional inclui atuações como funcionário público, tipógrafo, revisor, jornalista, crítico literário e teatral, poeta, teatrólogo, cronista, romancista e contista.

A obra que marca o início do Realismo no Brasil é "Memórias Póstumas de Brás Cubas", publicada por Machado de Assis em 1881. Este romance revolucionário, narrado por um defunto autor, rompe com as convenções literárias da época e inaugura uma nova fase na literatura brasileira. Com ironia fina e um olhar penetrante sobre a sociedade brasileira, Machado expõe as contradições, hipocrisias e interesses que moviam a elite do Segundo Reinado.

Além de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis produziu outras obras-primas do Realismo brasileiro, como "Quincas Borba" (1891), "Dom Casmurro" (1899) e "Esaú e Jacó" (1904). Em seus romances da fase madura, Machado desenvolveu um estilo único, marcado pela ironia, pelo ceticismo e por uma análise psicológica profunda dos personagens, que o distingue dos demais autores realistas.

Aluísio Azevedo: Entre o Realismo e o Naturalismo

fotografia do escritor brasileiro Aluísio Azevedo
fotografia do escritor brasileiro Aluísio Azevedo

Aluísio Azevedo (1857-1913) é outro nome fundamental do Realismo brasileiro, embora sua obra também seja frequentemente associada ao Naturalismo, movimento literário contemporâneo ao Realismo que enfatizava ainda mais os aspectos deterministas e biológicos do comportamento humano. Nascido em São Luís do Maranhão, Aluísio Azevedo teve uma carreira diversificada, que incluiu atividades como pintor e diplomata, tendo servido em países como Espanha, Inglaterra, Argentina e Japão.

Sua obra "O Mulato", publicada em 1881 (no mesmo ano de "Memórias Póstumas de Brás Cubas"), é considerada um marco do Naturalismo no Brasil, mas também se insere no contexto do movimento realista. Neste romance, Azevedo aborda a questão do preconceito racial na sociedade maranhense, expondo as contradições e hipocrisias de uma sociedade que se dizia liberal e progressista, mas mantinha práticas discriminatórias profundamente arraigadas.

"O Cortiço" (1890) é considerada a obra-prima de Aluísio Azevedo e um dos romances mais importantes da literatura brasileira. Nesta obra, o autor retrata a vida de moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, explorando as relações sociais, econômicas e raciais no Brasil do final do século XIX. Com forte influência determinista, "O Cortiço" apresenta o ambiente como um fator decisivo na formação do caráter e do destino dos personagens.

Raul Pompéia: A Singularidade Realista

imagem do escritor brasileiro Raul Pompéia
imagem do escritor brasileiro Raul Pompéia

Raul Pompéia (1863-1895) completa o trio dos grandes autores realistas brasileiros, embora sua obra apresente características que a tornam singular dentro do movimento. Natural de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, Pompéia estudou Direito e participou ativamente de movimentos abolicionistas e republicanos, refletindo o engajamento político que caracterizou muitos intelectuais brasileiros de sua época.

Sua obra mais importante é "O Ateneu", publicada em 1888, um romance autobiográfico narrado em primeira pessoa que retrata a experiência do protagonista Sérgio em um internato da elite brasileira. Embora claramente inserido no contexto do Realismo, "O Ateneu" apresenta elementos que o distinguem do realismo mais ortodoxo, como o lirismo de certas passagens e o caráter mais subjetivo da narrativa.

Em "O Ateneu", Pompéia realiza uma crítica contundente ao sistema educacional brasileiro do final do século XIX e, por extensão, à própria sociedade brasileira da época. A obra expõe as relações de poder, a hipocrisia e a corrupção moral presentes na instituição de ensino, que funciona como uma metáfora da sociedade brasileira mais ampla.

Obras Fundamentais do Realismo Brasileiro

O Realismo brasileiro produziu algumas das obras mais importantes e duradouras da literatura nacional. Estas obras não apenas definiram as características do movimento, mas também estabeleceram novos padrões de qualidade literária e de análise social que influenciariam gerações de escritores brasileiros.tes na instituição de ensino, que funciona como uma metáfora da sociedade brasileira mais ampla.

Memórias Póstumas de Brás Cubas

"Memórias Póstumas de Brás Cubas", publicada por Machado de Assis em 1881, é considerada a obra inaugural do Realismo no Brasil. Este romance revolucionário apresenta a narrativa de Brás Cubas, que conta sua história após a morte, livre das convenções sociais e morais que restringem os vivos. Com ironia refinada e um olhar penetrante sobre a sociedade brasileira, Machado de Assis expõe os interesses, ambições e hipocrisias da elite do Segundo Reinado.

A obra rompe com as convenções narrativas da época, empregando recursos inovadores como a fragmentação do discurso, os diálogos com o leitor e a reflexão filosófica entremeada à narrativa. Estes aspectos tornam "Memórias Póstumas de Brás Cubas" uma obra surpreendentemente moderna, que antecipa técnicas narrativas que seriam desenvolvidas pela literatura do século XX.

Dom Casmurro

Embora publicado em 1899, já no final do período geralmente associado ao Realismo, "Dom Casmurro" é uma das obras mais representativas do movimento e um dos maiores clássicos da literatura brasileira. Neste romance, Machado de Assis narra a história de Bentinho e seu amor por Capitu, marcado pelo ciúme e pela suspeita de traição.

A grande questão do romance – se Capitu realmente traiu ou não Bentinho – permanece em aberto, uma vez que toda a narrativa é apresentada pela perspectiva do narrador-protagonista, cujo ciúme e obsessão podem distorcer sua percepção dos fatos. Esta ambiguidade deliberada é um dos aspectos mais notáveis da obra, que convida o leitor a uma reflexão sobre os limites da verdade narrativa e sobre a complexidade das relações humanas.

O Cortiço

"O Cortiço", publicado por Aluísio Azevedo em 1890, é considerado o principal romance naturalista brasileiro, mas também se insere no contexto mais amplo do Realismo. A obra retrata a vida dos moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, explorando as relações sociais, econômicas, raciais e sexuais no Brasil do final do século XIX.

Com forte influência determinista, "O Cortiço" apresenta o ambiente como um fator decisivo na formação do caráter e do destino dos personagens. O romance expõe as condições de vida precárias das classes populares urbanas, a exploração econômica, as relações interraciais e a degradação moral em um ambiente marcado pela luta pela sobrevivência.

O Ateneu

"O Ateneu", publicado por Raul Pompéia em 1888, é um romance autobiográfico que narra a experiência do protagonista Sérgio em um internato de elite. A obra realiza uma crítica contundente ao sistema educacional brasileiro do final do século XIX e, por extensão, à própria sociedade brasileira da época.

O romance expõe as relações de poder, a hipocrisia e a corrupção moral presentes na instituição de ensino, que funciona como uma metáfora da sociedade brasileira mais ampla. Com uma prosa elegante e uma análise psicológica aguçada, "O Ateneu" se destaca como uma das obras mais singulares do Realismo brasileiro.

O Realismo Brasileiro em Comparação com o Realismo Português

O Realismo no Brasil e em Portugal, embora compartilhem princípios fundamentais como a objetividade, a crítica social e a veracidade na representação da realidade, apresentam diferenças significativas que refletem os contextos históricos, sociais e culturais distintos dos dois países.

Diferenças de Enfoque e Temas

O Realismo brasileiro está fortemente centrado na análise do homem inserido em seu contexto social, com ênfase no cotidiano e na crítica às instituições e valores da sociedade brasileira do final do século XIX. As questões da escravidão, do preconceito racial, das transformações políticas (do Império para a República) e das novas configurações sociais emergentes são temas recorrentes nas obras realistas brasileiras.

Já o Realismo português tem como foco principal o combate ao Romantismo e à idealização da sociedade promovida por esta corrente literária. Há uma crítica mais direta à burguesia, à monarquia e ao clero, e uma defesa mais explícita dos valores científicos em oposição às ilusões românticas. O Realismo português, especialmente na figura de Eça de Queirós, também se caracteriza por uma ironia mais mordaz e por um estilo mais assertivo na crítica social.

Autores e Obras Representativas

Em Portugal, o Realismo tem como principal expoente Eça de Queirós, autor de obras como "O Crime do Padre Amaro", "O Primo Basílio" e "Os Maias". Eça desenvolveu um estilo caracterizado pela ironia cortante, pela descrição minuciosa e por uma crítica social implacável, voltada principalmente para a burguesia portuguesa e suas convenções.

No Brasil, conforme já mencionado, os principais representantes do Realismo são Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompéia, cada um com características próprias e contribuições únicas para o movimento realista brasileiro. Machado de Assis, em particular, desenvolveu um realismo mais psicológico e filosófico, menos preocupado com as descrições externas e mais interessado na análise das motivações e contradições humanas.

O Legado do Realismo para a Literatura Brasileira

O Realismo deixou um legado duradouro para a literatura brasileira, influenciando gerações de escritores e estabelecendo padrões de qualidade literária e de análise social que permanecem relevantes até os dias atuais.

Influência nas Correntes Literárias Posteriores

O Realismo brasileiro abriu caminho para movimentos literários posteriores, como o Pré-Modernismo e o Modernismo. A ênfase na representação crítica da realidade social brasileira, iniciada pelos realistas, seria retomada e aprofundada por autores como Lima Barreto e Euclides da Cunha no início do século XX, e posteriormente pelos modernistas da segunda fase, com seu foco nas questões sociais e na denúncia das desigualdades.

A análise psicológica profunda dos personagens, especialmente desenvolvida por Machado de Assis, também influenciaria muitos autores brasileiros do século XX, contribuindo para o desenvolvimento de uma literatura mais complexa e sofisticada do ponto de vista da construção de personagens.

Relevância Contemporânea

As obras do Realismo brasileiro mantêm uma surpreendente atualidade, abordando questões sociais, políticas e existenciais que continuam relevantes para a compreensão da sociedade brasileira contemporânea. Temas como a desigualdade social, o preconceito racial, a hipocrisia das elites e as contradições do desenvolvimento nacional, tratados pelos autores realistas no final do século XIX, permanecem como desafios centrais da sociedade brasileira.

A qualidade literária das obras realistas brasileiras, especialmente as de Machado de Assis, garante sua permanência no cânone literário nacional e internacional. Machado, em particular, é reconhecido como um dos maiores escritores da língua portuguesa e um dos nomes mais importantes da literatura ocidental, sendo frequentemente comparado a autores como Flaubert, Dostoiévski e Henry James.

Conclusão: A Revolução Realista e Seu Impacto Duradouro

imagem da personagem amy pond da serie doctor who lendo um livro dentro da tardis
imagem da personagem amy pond da serie doctor who lendo um livro dentro da tardis

O Realismo representou uma revolução na literatura brasileira, rompendo com os padrões estéticos e ideológicos do Romantismo e inaugurando uma nova forma de representação literária, mais comprometida com a análise crítica da realidade social. Surgido em um momento de profundas transformações na sociedade brasileira, o movimento realista captou e expressou as contradições, tensões e desafios de um país em transição, do Império para a República, da escravidão para o trabalho livre, das estruturas tradicionais para a modernidade emergente.

Os autores realistas brasileiros, com destaque para Machado de Assis, Aluísio Azevedo e Raul Pompéia, produziram obras que não apenas definiram as características do movimento, mas também estabeleceram novos padrões de qualidade literária e de análise social que influenciariam gerações de escritores brasileiros. O legado do Realismo permanece vivo na literatura brasileira contemporânea, tanto na forma de influência estética e estilística quanto na continuidade de certas preocupações temáticas e críticas.

O estudo do Realismo brasileiro é, portanto, fundamental não apenas para a compreensão da história da literatura nacional, mas também para a reflexão sobre a sociedade brasileira, suas origens, contradições e desafios persistentes. As obras realistas brasileiras continuam a nos interpelar com sua análise penetrante da condição humana e das estruturas sociais, convidando-nos a um olhar mais crítico e consciente sobre nossa realidade.

Escrito por: Sebastião Victor Diniz

Gostou?

Então compartilhe e nos siga em todas as nossas redes sociais, para nessa aventura com a gente embarcar.

Leia também