O que Foi o Romantismo Brasileiro?: O Movimento Literário que Forjou a Identidade Nacional

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ARTIGOS

Sebastião Victor Diniz

4/11/202513 min read

O Romantismo brasileiro representa um dos períodos mais importantes e transformadores da literatura nacional, tendo surgido em um momento crucial da história do Brasil, logo após a Independência. Este movimento não apenas revolucionou a forma de fazer arte no país, mas também contribuiu decisivamente para a construção da identidade brasileira através da valorização de elementos nacionais, da exaltação da natureza local e da figura do indígena como símbolo do herói nacional. Este artigo explora detalhadamente todas as nuances deste movimento literário, desde seu surgimento em 1836 até seu declínio, abordando suas características, fases, principais autores e obras que marcaram a literatura brasileira.

Contexto Histórico e Surgimento do Romantismo no Brasil

O Romantismo brasileiro nasceu em um contexto histórico extremamente relevante para a formação da identidade nacional. A chegada da família real portuguesa ao Brasil em 1808, fugindo das ameaças napoleônicas, marcou o início de profundas transformações no país. D. João VI (1767-1826) e sua corte chegaram ao Rio de Janeiro, impulsionando o desenvolvimento da cidade e criando as bases para mudanças significativas na colônia.

Em 1815, o Brasil deixou oficialmente de ser colônia para se tornar um reino, e sete anos depois, em 7 de setembro de 1822, foi proclamada a Independência do Brasil. Este acontecimento histórico fortaleceu o sentimento de nacionalidade entre os brasileiros e inspirou os artistas a delinearem a identidade brasileira através de sua arte.

É neste cenário que o Romantismo brasileiro é oficialmente inaugurado em 1836, com a publicação da obra "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães. Esta publicação marcou o início de um movimento que buscava romper com as tradições clássicas e arcádicas, propondo uma literatura que exaltasse os valores nacionais e expressasse livremente os sentimentos individuais.

Influências Europeias e Adaptação à Realidade Brasileira

O Romantismo brasileiro, embora influenciado pelos movimentos românticos europeus, principalmente o francês e o português, desenvolveu características próprias, adaptadas à realidade brasileira. Enquanto na Europa o movimento surgiu como uma reação aos valores racionalistas do Iluminismo e da Revolução Industrial, no Brasil ele estava intimamente ligado aos ideais de liberdade e de construção da identidade nacional pós-independência.

Escritores brasileiros que estudavam na Europa, como Gonçalves Dias, que teve contato com escritores românticos portugueses enquanto estudava Direito em Coimbra, trouxeram essas influências para o Brasil, mas as adaptaram ao contexto local, criando um romantismo com forte caráter nacionalista e valorização da natureza e das tradições brasileiras.

Características Fundamentais do Romantismo Brasileiro

O Romantismo no Brasil é caracterizado por diversos elementos que o distinguem de outros movimentos literários. Entre as principais características, destacam-se:

Nacionalismo e Valorização da Pátria

Uma das características mais marcantes do Romantismo brasileiro é o forte sentimento nacionalista. Os escritores românticos buscavam valorizar o Brasil, suas peculiaridades, sua natureza exuberante e sua história. Esta valorização era uma forma de construir uma identidade nacional própria, diferente da portuguesa, após séculos de colonização.

Indianismo

O índio foi elevado à condição de herói nacional, simbolizando o brasileiro genuíno, não contaminado pela influência europeia. Autores como Gonçalves Dias e José de Alencar imortalizaram personagens indígenas em suas obras, criando uma mitologia nacional que exaltava a bravura, a pureza e a nobreza dos nativos brasileiros.

Idealização da Realidade

Os românticos brasileiros tendiam a idealizar a realidade, criando personagens perfeitos e situações que, muitas vezes, fugiam do real. Esta idealização servia como escape da realidade por vezes dura, permitindo a criação de mundos idealizados onde os valores românticos podiam florescer plenamente.

Sentimentalismo e Subjetividade

A expressão dos sentimentos individuais, a valorização da subjetividade e a emoção em detrimento da razão são características marcantes do Romantismo. Os autores românticos brasileiros não hesitavam em expressar seus sentimentos mais profundos, suas angústias, suas paixões e suas dores, muitas vezes de forma exacerbada.

Liberdade de Criação e Expressão

Em contraste com movimentos anteriores, como o Arcadismo, que seguiam regras rígidas, o Romantismo valorizava a liberdade de criação e expressão. Os autores românticos sentiam-se livres para expressarem seus sentimentos e visão de mundo da forma como desejavam, sem se preocupar com fórmulas pré-estabelecidas.

Valorização da Natureza

A natureza brasileira, com toda sua exuberância, ocupava lugar de destaque nas obras românticas. Ela era frequentemente descrita de forma idealizada, como um paraíso terrestre, um reflexo da grandiosidade do país e de seu potencial.

As Três Gerações da Poesia Romântica Brasileira

A poesia romântica brasileira é tradicionalmente dividida em três gerações distintas, cada uma com características próprias que refletem diferentes momentos do movimento romântico no Brasil.

Primeira Geração: Indianista e Nacionalista (1836-1852)

A primeira geração da poesia romântica brasileira é marcada pelo forte nacionalismo e pelo indianismo. Os poetas desta geração buscavam exaltar o Brasil, suas belezas naturais, sua história e, principalmente, o índio como símbolo da nacionalidade brasileira.

Entre os principais representantes desta geração, destaca-se Gonçalves Dias (1823-1864), considerado o maior poeta do indianismo brasileiro. Sua obra mais conhecida, "Canção do Exílio", escrita durante sua estadia em Portugal, expressa a saudade e o amor pela terra natal, exaltando a natureza brasileira como superior à europeia:

"Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá."

Gonçalves Dias também é autor de obras importantes como "Primeiros Cantos" (1847), "Segundos Cantos" (1848) e "Últimos Cantos" (1851), nas quais explora temas como o amor, a natureza, a pátria, os indígenas e a religião.

Segunda Geração: Ultrarromântica ou Mal do Século (1852-1870)

A segunda geração da poesia romântica brasileira é conhecida como ultrarromântica ou "mal do século". Caracteriza-se pelo pessimismo, pela melancolia, pelo egocentrismo e pela obsessão com temas como o amor impossível, a morte e a fuga da realidade.

Os poetas desta geração, influenciados por autores europeus como Lord Byron, expressavam em suas obras um sentimento de desajuste em relação ao mundo, um tédio existencial e uma atração pela morte como forma de escape do sofrimento.

Entre as obras importantes desta fase está "Lira dos Vinte Anos", que exemplifica o sentimentalismo exacerbado e a visão pessimista do mundo característicos desta geração.

Terceira Geração: Condoreira ou Social (1870-1880)

A terceira e última geração da poesia romântica brasileira é conhecida como condoreira ou social. Diferentemente das gerações anteriores, que se voltavam para questões individuais ou para a exaltação da pátria, os poetas condoreiros tinham uma preocupação social mais acentuada, abordando temas como a escravidão, a liberdade e a justiça social.

O nome "condoreira" faz referência ao condor, ave que voa alto e simboliza a liberdade e a visão ampla, características da poesia desta geração.

Entre as obras mais representativas desta fase estão "O Navio Negreiro - Tragédia no Mar", "Espumas Flutuantes", "Vozes d'África" e "Os Escravos", que abordam de forma crítica e contundente a escravidão no Brasil.

A Prosa Romântica Brasileira e Suas Categorias

A prosa romântica brasileira é dividida em quatro categorias principais, cada uma com características próprias que refletem diferentes aspectos da realidade brasileira da época.

Prosa Urbana

A prosa urbana romântica tem como cenário principal o Rio de Janeiro, então capital do Império. As narrativas exploram os costumes, os valores e os conflitos da sociedade urbana brasileira do século XIX, com foco nas relações amorosas, nos dramas familiares e nas convenções sociais.

Entre as obras importantes desta categoria está "A Moreninha", que retrata os costumes e as relações sociais da época, com foco nas intrigas amorosas e nos conflitos gerados pelas convenções sociais.

Prosa Regionalista

A prosa regionalista romântica tem como cenário o interior do Brasil, focando nas peculiaridades das diferentes regiões do país, seus costumes, sua linguagem e seus personagens típicos. Esta categoria da prosa romântica contribuiu significativamente para o conhecimento e a valorização das diversas realidades brasileiras, para além dos centros urbanos.

Obras como "O Ermitão de Muquém", "O Garimpeiro" e "O Seminarista" são exemplos importantes desta categoria, retratando a vida e os costumes de diferentes regiões do Brasil.

Prosa Indianista

Na prosa indianista, assim como na poesia da primeira geração, o índio é elevado à condição de herói nacional, simbolizando o brasileiro genuíno. As narrativas exploram as relações entre índios e colonizadores, muitas vezes de forma idealizada, exaltando a nobreza e a pureza dos nativos em contraste com a corrupção dos valores europeus.

José de Alencar é o principal autor desta categoria, com obras como "O Guarani", "Iracema" e "Ubirajara", que criaram uma mitologia nacional baseada na figura do índio heroico e idealizado.

Prosa Histórica

A prosa histórica romântica busca recriar fatos históricos importantes da história do Brasil, misturando realidade e ficção. Esta categoria contribuiu para a construção da identidade nacional através da valorização da história brasileira e de seus heróis.

Obras como "Memórias de um Sargento de Milícias" e "O Cabeleira" são exemplos desta categoria, retratando eventos históricos através de uma narrativa ficcional que os torna mais acessíveis e interessantes para o público.

Principais Autores e Obras do Romantismo Brasileiro

O Romantismo brasileiro produziu uma vasta gama de autores talentosos, cujas obras continuam a influenciar a literatura brasileira até os dias atuais. A seguir, destacam-se alguns dos principais autores e suas obras mais significativas:

Gonçalves de Magalhães (1811-1882)

Fotografia do escritor brasileiro Gonçalves de Magalhães (1811-1882)
Fotografia do escritor brasileiro Gonçalves de Magalhães (1811-1882)

Considerado o iniciador do Romantismo no Brasil, Gonçalves de Magalhães publicou em 1836 a obra "Suspiros Poéticos e Saudades", marcando oficialmente o início do movimento romântico brasileiro. Esta obra rompe com as tradições clássicas e introduz temas e formas tipicamente românticas na literatura brasileira.

Gonçalves Dias (1823-1864)

Imagem do escritor brasileiro Gonçalves Dias (1823-1864)
Imagem do escritor brasileiro Gonçalves Dias (1823-1864)

Principal poeta da primeira geração romântica, Gonçalves Dias nasceu no Maranhão e é conhecido principalmente pelo poema "Canção do Exílio", que expressa sua saudade do Brasil durante sua estadia em Portugal. Além desta obra, publicou "Primeiros Cantos" (1847), "Segundos Cantos" (1848) e "Últimos Cantos" (1851), explorando temas como o amor, a natureza, a pátria, os indígenas e a religião.

Um aspecto interessante da vida de Gonçalves Dias é que ele era filho de um comerciante português e uma mulher de descendência negra e indígena, o que lhe deu uma perspectiva única sobre a questão racial no Brasil. Seu romance com Ana Amélia Ferreira do Vale não pôde ser concretizado devido a preconceitos raciais, já que Dias era mestiço.

José de Alencar (1829-1877)

Imagem do escritor brasileiro José de Alencar (1829-1877)
Imagem do escritor brasileiro José de Alencar (1829-1877)

Considerado um dos maiores romancistas brasileiros, José de Alencar é principalmente conhecido por suas obras indianistas, como "O Guarani", "Iracema" e "Ubirajara". Nestas obras, Alencar cria uma mitologia nacional baseada na figura do índio heroico e idealizado, contribuindo significativamente para a construção da identidade nacional brasileira.

Além das obras indianistas, Alencar também escreveu romances urbanos como "Lucíola" e "A Viuvinha", e regionais como "O Tronco do Ipê", explorando diferentes aspectos da realidade brasileira do século XIX.

Castro Alves (1847-1871)

Principal poeta da terceira geração romântica, Castro Alves é conhecido como o "poeta dos escravos" devido à sua contundente crítica à escravidão. Suas obras mais conhecidas são "O Navio Negreiro - Tragédia no Mar" e "Vozes d'África", nas quais denuncia a crueldade do tráfico negreiro e da escravidão, clamando pela liberdade e pela justiça social.

Castro Alves representa uma transição entre o Romantismo e o Realismo, já que sua poesia, embora ainda carregada de elementos românticos, já apresenta preocupações sociais e uma visão mais realista da sociedade brasileira.

Bernardo Guimarães (1825-1884)

Imagem do escritor brasileiro Bernardo Guimarães (1825-1884)
Imagem do escritor brasileiro Bernardo Guimarães (1825-1884)

Autor de obras como "O Ermitão de Muquém", "O Garimpeiro", "O Seminarista" e "A Escrava Isaura", Bernardo Guimarães é um importante representante da prosa regionalista romântica. Suas obras retratam a vida no interior do Brasil, com foco nos costumes, na linguagem e nos personagens típicos das diversas regiões do país.

"A Escrava Isaura", sua obra mais conhecida, aborda a questão da escravidão no Brasil, embora ainda de forma idealizada, ao apresentar uma escrava branca, bela e educada como protagonista, contrastando com a realidade da maioria dos escravos no Brasil do século XIX.

Machado de Assis (1839-1908)

Imagem do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908)
Imagem do escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908)

Embora seja mais conhecido por suas obras realistas, Machado de Assis iniciou sua carreira literária durante o período romântico, com obras como "Ressurreição", "A Mão e a Luva" e "Helena". Estas obras, embora ainda apresentem elementos românticos, já começam a mostrar a transição para o Realismo, com uma análise mais profunda e crítica da sociedade brasileira e do comportamento humano.

Machado de Assis tornou-se um dos maiores escritores da literatura brasileira, sua obra transcende classificações simples e revela um profundo conhecimento da alma humana e das complexidades sociais.

Principais Autores e Obras do Romantismo Brasileiro

Construção da Identidade Nacional

Talvez a contribuição mais significativa do Romantismo para a literatura brasileira tenha sido a construção de uma identidade nacional própria, diferenciada da portuguesa. Através da valorização da natureza brasileira, dos costumes locais e da figura do índio como símbolo nacional, os românticos ajudaram a forjar uma consciência de brasilidade que permanece até os dias atuais.

Diversidade Temática e Estilística

O Romantismo introduziu na literatura brasileira uma diversidade temática e estilística sem precedentes. Das paisagens exuberantes do indianismo à introspecção melancólica da segunda geração, passando pela crítica social da poesia condoreira, o movimento romântico explorou uma vasta gama de temas e estilos, enriquecendo significativamente o panorama literário brasileiro.

Valorização da Subjetividade e da Emoção

O Romantismo valorizou a subjetividade e a emoção em uma época em que a razão e a objetividade eram predominantes. Esta valorização do subjetivo e do emocional abriu caminho para movimentos posteriores que continuariam a explorar as complexidades da alma humana, como o Simbolismo e o Modernismo.

Liberdade Criativa

A liberdade criativa preconizada pelos românticos, em oposição às regras rígidas dos movimentos anteriores, estabeleceu um princípio fundamental para a literatura moderna: a ideia de que a forma deve servir ao conteúdo, e não o contrário. Esta liberdade permitiu experimentações formais e estilísticas que enriqueceram a literatura brasileira.

Crítica Social e Política

Principalmente na terceira geração romântica, com poetas como Castro Alves, o Romantismo introduziu na literatura brasileira uma preocupação com questões sociais e políticas, como a escravidão e a injustiça social. Esta preocupação seria retomada e aprofundada por movimentos posteriores, como o Realismo e o Naturalismo.

O Declínio do Romantismo e a Transição para Novos Movimentos

O Romantismo brasileiro começou a declinar na década de 1870, dando lugar a novos movimentos literários que reagiam contra seus excessos sentimentais e sua idealização da realidade.

Críticas ao Romantismo

O Romantismo, com seu sentimentalismo exacerbado, sua idealização da realidade e seu nacionalismo por vezes simplista, começou a ser criticado por uma nova geração de escritores que buscavam uma literatura mais realista e crítica. Estes escritores criticavam a artificialidade e a falta de autenticidade de muitas obras românticas, defendendo uma literatura mais próxima da realidade social brasileira.

Surgimento do Realismo e do Naturalismo

A partir da década de 1870, novos movimentos literários começaram a surgir no Brasil, como o Realismo e o Naturalismo. Estes movimentos, influenciados por correntes filosóficas como o Positivismo e o Determinismo, buscavam uma representação mais objetiva e crítica da realidade social, em contraste com a idealização romântica.

Obras como "O Cortiço", de Aluísio Azevedo, marcam esta transição, ao abordar de forma crua e realista as condições de vida das classes menos favorecidas, sem a idealização característica do Romantismo.

A Permanência de Elementos Românticos

Apesar do declínio do Romantismo como movimento dominante, muitos de seus elementos permaneceram na literatura brasileira, sendo reinterpretados e adaptados pelos movimentos subsequentes. O nacionalismo, a valorização da natureza e da cultura brasileira, e a expressão da subjetividade são aspectos que continuaram a influenciar a literatura brasileira, mesmo após o fim do período romântico.

Conclusão

O Romantismo brasileiro, surgido em 1836 com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães, e estendendo-se até aproximadamente 1880, representou um momento crucial na história da literatura brasileira. Este movimento não apenas introduziu novas formas e temas na literatura nacional, mas também contribuiu decisivamente para a construção da identidade brasileira pós-independência.

Através da valorização da natureza brasileira, dos costumes locais e da figura do índio como símbolo nacional, os românticos ajudaram a forjar uma consciência de brasilidade que rompeu com os séculos de dominação cultural portuguesa. Suas obras, divididas em diferentes gerações e categorias, exploraram uma vasta gama de temas, do nacionalismo exacerbado da primeira geração à crítica social contundente da poesia condoreira.

Autores como Gonçalves Dias, José de Alencar, Castro Alves e Bernardo Guimarães, entre outros, produziram obras que continuam a influenciar a literatura brasileira até os dias atuais, tanto por seu valor estético quanto por sua importância histórica e cultural.

Embora tenha sido sucedido por movimentos como o Realismo e o Naturalismo, que reagiram contra seus excessos sentimentais e sua idealização da realidade, o Romantismo deixou um legado duradouro para a literatura brasileira, estabelecendo princípios fundamentais como a liberdade criativa, a valorização da subjetividade e a crítica social, que continuariam a ser explorados pelos movimentos subsequentes.

Assim, o Romantismo brasileiro não representa apenas um capítulo importante na história da literatura nacional, mas um momento fundador da identidade cultural brasileira, cujos ecos continuam a ressoar na produção literária contemporânea.

Imagem da personagem Amy Pond da série Doctor Who lendo um livro dentro da tardis
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Photograph of the Brazilian writer and poet Sebastião Victor Diniz
Photograph of the Brazilian writer and poet Sebastião Victor Diniz

Escrito por: Sebastião Victor Diniz

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